sábado, 28 de maio de 2016

QUANDO O GÊNERO CALA, O ESTUPRO GRITA!


Respeito, sem nenhum moralismo, pessoas que gostam de transar com três, quatro, cinco ou mais pessoas, mas desconheço quem queira ser estuprad@ até por uma pessoa. A diferença está na violação da intimidade, ou seja, quando é praticado sem o consentimento físico ou emocional. Sim, há pessoas que são agressivamente forçadas ao coito e outras que através da coerção psicológica, cedem a um "estupro consentido". 

E não apenas mulheres cisgênero são vítimas desse tipo de abuso. O chamado "estupro corretivo" é um praticado contra LGBTs como se fosse uma forma de "endireitar" sua identidade de gênero ou orientação sexual. Muitas vezes, não são denunciados por medos de chacotas ou outro tipo de humilhação por parte de quem deveria combater esta violência homo-lesbo-trans-fóbica.   

O fato é que esse crime pode gerar uma série de complicações biopsicossociais: transmissão do HIV e/ou outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), corte e/ou hemorragia na vagina ou ânus, gravidez não planejada (seguindo até para o aborto inseguro), discriminação nos espaços de convívio (escola, trabalho, etc.), traumas psicológicos, entre outros. 

Há pouco tempo, algumas propostas no legislativo, têm complicado ainda mais essa situação, sobretudo na gravidez não planejada. O afastado deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apresentou uma proposta onde, no caso de um estupro, o médico só poderá fazer o aborto após exame de corpo de delito e comunicação à autoridade policial, desconsiderando a dor e a exposição da abusada. 

Assim como ações preventivas nas escolas ficaram ameaçadas pelo "lobby" das bancadas oportunistas (que se intitulam religiosas e/ou evangélicas) contra as discussões de gênero nos Planos de Educação, impedindo que a discriminação sexista fossem abordadas dentro de sala de aula. 

O fato é que o estupro não é problema exclusivo de LGBT (ou) mulheres, mas de toda sociedade uma vez que ele se apresenta como um dos principais problemas da população. Em ano eleitoral, cabe a nós a profunda reflexão antes de apoiar pessoas e propostas que se apresentam como "defensoras da vida e da família", quando na verdade, acabam tornando-as mais vulneráveis a crimes como este que agridem e matam mães e filh@s todos os dias.

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