domingo, 8 de maio de 2016

ATITUDE AFRO CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA NO PARÁ


Não sou do candomblé ou da umbanda, nem pertenço a nenhuma Comunidade Tradicional de Matriz Africana. Sou cristão-católico, mas essa condição não nos torna menores, muito menos, maiores uns dos outros. Pode nos fazer diferentes e em alguns pontos, até divergentes, mas não se torna ser determinante de cisão. Há uma “comum-unidade” que nos une na diversidade: o amor à vida.

E este foi um dos fatores que nos reuniu na tarde de ontem (08), na Praça Olavo Bilac (Terra Firme - Belém/PA), para celebrar a resistência. O lugar tornou-se nosso quilombo ao som dos atabaques, das vozes, do violão e das intervenções acerca da violência e extermínio de jovens. Ou melhor, contra o genocídio da juventude negra. Afinal, não se trata de assassinatos apenas pela condição juvenil, mas que se associam fatores étnico-raciais: são JOVENS PRETOS!

Nos dias 04 e 05 de novembro de 2014, naquele mesmo bairro, acontecia um dos maiores homicídios do Brasil, a “Chacina de Belém”. Jovens de diversos bairros periféricos da capital do Estado do Pará tinham suas vidas ceifadas “coincidentemente” após o assassinato de um policial militar. Passado dezoito meses, a justiça começa sinalizar julgamento de um dos acusados deste crime.

O ato organizado pelo Atitude Afro Pará, articulação de organizações e comunidades no enfrentamento ao racismo e a intolerância religiosa, une-se as diversas iniciativas de apoio as famílias e amig@s das vítimas desse crime, sobretudo em solidariedade às mães que passam mais um ano sem seus filhos, no dia dedicado a elas.

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