Ontem à noite (26/07), por volta das 21h30 um policial militar foi assassinado nas ruas do bairro da cabanagem em Belém/PA. O crime aconteceu quando o mesmo voltava para a casa e foi abordado por dois homens que queriam roubar sua moto. O soldado foi baleado pelas costas e levado ao hospital, mas não conseguiu resistir.
Os acusados fugiram levando a moto do PM, deixado a que eles estavam no local. Até então, não se sabe se o militar reagiu ao assalto. Mas, quem era este policial militar?
Alan Silva era um jovem de 25 anos que morava no bairro da cabanagem. Além de policial, contribuía na Comunidade Santa Luzia, pertencente à Paróquia Santa Edwiges. Por sua proximidade com a música, ele ensinou alguns adolescentes e jovens a tocar flauta e violão. Foi membro do Grupo JUSL – Jovens Unidos de Santa Luzia, da Pastoral da Juventude da referida paróquia e também ajudou na Pastoral do Menor e Ministério de Música desta comunidade eclesial.
Em outubro de 2010, a Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belém saiu em marcha pelas ruas da Cabanagem, para celebrar o Dia Nacional da Juventude (DNJ). A atividade tinha como principal propósito denunciar as diversas violações de direito que os(as) jovens vem sofrendo naquele bairro, principalmente na questão da violência.
Este ano, o DNJ da Arquidiocese de Belém acontecerá no município de Marituba. Porém, a pauta continua: “Chega de violência e extermínio de Jovens”. Com o lema da Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de Jovens, organizada pelas Pastorais da Juventude do Brasil, vem acontecendo um movimento missionário e profético a cerca dos direitos juvenis.
Dentre os principais desafios, está no comprometimento não só afetivo, mas efetivo com a vida destes(as) jovens. O Estado e as demais instituições (as igrejas, as escolas, as associações comunitárias, etc.), precisam olhar com mais credibilidade para os(as) jovens e investir em políticas que de fato causem um impacto positivo na vida destes(as). Programas de Governo são necessários, mas não é suficiente. Assim como ter jovens dentro das paróquias somente como discípulos(as), não basta.
Vamos deixar esta ser mais uma vida no meio a tantas vidas de jovens exterminados(as)?
Alan Silva, transvivencia deixando-nos a certeza que queria viver. Sua vida doada a serviço de uma comunidade simples da periferia nos remete a uma série de reflexões e atitudes necessárias e urgentes. Fica entre nós diversos gritos: de dor da família, parentes e amigos(as) e da Juventude que quer viver. Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça!
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